Política

Renan Calheiros cobra que venda da Braskem assegure indenizações ao Estado e às vítimas da tragédia em Maceió

Caio Dyogo 22/07/2025
Renan Calheiros cobra que venda da Braskem assegure indenizações ao Estado e às vítimas da tragédia em Maceió
Renan Calheiros - Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) se pronunciou nesta segunda-feira (21) sobre a possível venda das ações da Braskem e defendeu que o negócio garanta o pagamento das indenizações devidas ao Estado de Alagoas e às vítimas da tragédia ambiental provocada pela extração de sal-gema em Maceió.

Em vídeo publicado nas redes sociais, Renan afirmou que o Estado é o maior credor da empresa e reforçou que a venda abre uma nova possibilidade de ressarcimento pelos prejuízos causados. Ele também cobrou que o processo assegure o pagamento às famílias afetadas pela tragédia e defendeu a remoção definitiva da fábrica do Pontal da Barra.

As negociações envolvendo a venda das ações da Novonor na Braskem para o empresário Nelson Tanure avançaram após aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), na última quarta-feira (16). O negócio ainda depende da concordância dos bancos credores — Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e BNDES — já que as ações da petroquímica estão dadas como garantia de dívidas.

A Petrobras, sócia da Braskem, já manifestou interesse em ampliar sua influência na administração da companhia, embora não deseje retomar o controle total. A estatal acredita que manter a gestão no Brasil evitará desvalorização após negociações frustradas com grupos estrangeiros.

A Braskem vive uma crise marcada por passivos bilionários e por danos causados pelo afundamento do solo em cinco bairros de Maceió. Mais de 55 mil pessoas precisaram deixar suas casas, e os prejuízos sociais, econômicos e ambientais ainda impactam a capital alagoana.

No início de julho, a Petrobras anunciou novos investimentos no setor petroquímico, incluindo a expansão da unidade da Braskem no Rio de Janeiro e a ampliação da produção no Complexo Boaventura.